quarta-feira, 30 de julho de 2025

Evangelho: Mateus 14,22-36 - 05.08.2025

 


Evangelium secundum Matthaeum 14,22-36

Dominica XIX per Annum

22 Et statim iussit Iesus discipulos ascendere in naviculam, et praecedere eum trans fretum, donec dimitteret turbas.
E imediatamente Jesus ordenou aos discípulos que subissem na barca e o precedessem para o outro lado do mar, enquanto ele despedia as multidões.

23 Et dimissa turba, ascendit in montem solus orare. Vespere autem facto, solus erat ibi.
Depois de despedir a multidão, subiu sozinho ao monte para orar. Ao cair da tarde, estava ali sozinho.

24 Navicula autem in medio mari iactabatur fluctibus: erat enim contrarius ventus.
A barca, porém, já se achava no meio do mar, agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.

25 Quarta autem vigilia noctis venit ad eos ambulans super mare.
Na quarta vigília da noite, Jesus veio até eles, andando sobre o mar.

26 Et videntes eum supra mare ambulantem, turbati sunt, dicentes: Quia phantasma est. Et prae timore clamaverunt.
Ao vê-lo andando sobre o mar, ficaram perturbados e disseram: É um fantasma! E gritaram de medo.

27 Statimque Iesus locutus est eis, dicens: Habete fiduciam: ego sum, nolite timere.
Mas Jesus logo lhes falou, dizendo: Tende confiança, sou eu, não tenhais medo.

28 Respondens autem Petrus dixit: Domine, si tu es, iube me venire ad te super aquas.
Pedro respondeu: Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro sobre as águas.

29 At ipse ait: Veni. Et descendens Petrus de navicula, ambulabat super aquam ut veniret ad Iesum.
Ele disse: Vem. E Pedro, descendo da barca, andou sobre a água para ir até Jesus.

30 Videns vero ventum validum, timuit: et cum coepisset mergi, clamavit dicens: Domine, salvum me fac.
Mas, vendo o vento forte, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me!

31 Et continuo Iesus extendens manum, apprehendit eum: et ait illi: Modicae fidei, quare dubitasti?
Imediatamente Jesus estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste?

32 Et cum ascendissent in naviculam, cessavit ventus.
E, quando subiram na barca, o vento cessou.

33 Venerunt autem qui in navicula erant, et adoraverunt eum, dicentes: Vere Filius Dei es.
Então os que estavam na barca aproximaram-se, adoraram-no e disseram: Verdadeiramente tu és o Filho de Deus.

34 Et cum transfretassent, venerunt in terram Gennesareth.
Tendo atravessado o mar, chegaram à terra de Genesaré.

35 Et cum cognovissent eum viri loci illius, miserunt in universam regionem illam, et obtulerunt ei omnes male habentes:
Os homens daquele lugar, reconhecendo-o, mandaram anunciar em toda a região e trouxeram-lhe todos os doentes.

36 Et rogabant eum ut vel fimbriam vestimenti eius tangerent. Et quicumque tetigerunt, salvi facti sunt.
E suplicavam-lhe que ao menos pudessem tocar na orla de seu manto. E todos os que o tocaram ficaram curados.

Reflexão:

A travessia no mar, sob ventos contrários, é a metáfora do ser humano que ousa sair da segurança das estruturas para caminhar sobre o incerto, chamado por uma presença que transcende o imediato. A fé, aqui, não é fuga da razão, mas força interior que impulsiona a consciência a emergir da matéria em direção ao espírito. Quando Pedro duvida, afunda; quando confia, caminha — é o drama da liberdade diante do infinito. O Cristo que estende a mão é o chamado perene ao desenvolvimento pleno da pessoa, que se realiza ao integrar coragem e transcendência. A barca é a comunidade, mas o passo sobre as águas é pessoal. Cada um é chamado a caminhar além do visível, confiando que a realidade última é amor que sustenta até o abismo.


Versículo mais importante:

O versículo central e mais importante de Evangelium secundum Matthaeum 14,22-36 é o versículo 27, pois nele Jesus revela sua identidade e acalma o temor dos discípulos, oferecendo confiança no meio da tempestade — espiritual e existencial.

27
Statimque Iesus locutus est eis, dicens: Habete fiduciam: ego sum, nolite timere.
Mas Jesus logo lhes falou, dizendo: Tende confiança: sou eu, não tenhais medo.(Mt 14:27)

Esse versículo expressa o núcleo da experiência espiritual: a revelação da presença divina no meio do caos e o chamado à confiança que transcende o medo. As palavras "ego sum" (eu sou) evocam o nome divino revelado a Moisés (Êxodo 3,14), indicando a presença do Eterno que caminha sobre as águas da existência humana.

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Evangelho: Mateus 14:13-21 - 04.08.2025

 


Dominica XVIII per Annum – Evangelium

Secundum Matthaeum 14,13–21 (Vulgata Clementina)

13. Quod cum audisset Jesus, secessit inde in navicula in locum desertum seorsum: et cum audissent turbae, secutae sunt eum pedestres de civitatibus.
Ao ouvir isso, Jesus retirou-se dali de barco, para um lugar deserto, à parte; mas as multidões, sabendo, seguiram-no a pé desde as cidades.

14. Et exiens vidit turbam multam, et misertus est eis: et curavit languidos eorum.
Ao sair, viu uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos.

15. Vespere autem facto, accesserunt ad eum discipuli ejus, dicentes: Desertus est locus, et hora jam praeteriit: dimitte turbas, ut euntes in castella emant sibi escas.
Ao entardecer, aproximaram-se dele os seus discípulos e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já passou; despede as multidões, para que indo às aldeias, comprem para si alimento.”

16. Jesus autem dixit eis: Non est opus illis abire: date illis vos manducare.
Jesus, porém, lhes disse: “Não é necessário que se retirem; dai-lhes vós de comer.”

17. Responderunt ei: Non habemus hic nisi quinque panes et duos pisces.
Eles lhe responderam: “Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.”

18. Qui ait eis: Afferte mihi illos huc.
Disse-lhes ele: “Trazei-mos aqui.”

19. Et cum jussisset turbas discumbere super fenum, acceptis quinque panibus, et duobus piscibus, aspiciens in caelum, benedixit, et fregit, et dedit discipulis panes, discipuli autem turbis.
E, ordenando às multidões que se sentassem sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, abençoou, partiu os pães e os deu aos discípulos, e os discípulos às multidões.

20. Et manducaverunt omnes, et saturati sunt. Et tulerunt reliquias, duodecim cofinos fragmentorum plenos.
Todos comeram e se saciaram; e recolheram o que sobrou dos pedaços: doze cestos cheios.

21. Erant autem qui manducaverant, quinque millia virorum, exceptis mulieribus et parvulis.
E os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças.

Reflexão:

A partilha do pão revela uma lei mais profunda do universo: aquilo que é entregue com confiança se multiplica. O Cristo não agiu por imposição, mas por comunhão com o anseio humano. Seu gesto recorda que a verdadeira abundância nasce do encontro entre liberdade e solidariedade. Não foi a quantidade que alimentou a multidão, mas a abertura à doação. Quando cada ser reconhece em si o dom de colaborar com o todo, ele se torna ponte entre a terra e o eterno. O espírito se eleva quando serve sem ser obrigado, e a vida floresce quando é oferecida como semente viva ao próximo. 


Versículo mais importante:

O versículo mais central e teologicamente significativo do trecho de Matthaeus 14,13–21 é o versículo 19, pois nele ocorre o gesto que antecipa a Eucaristia: Jesus toma os pães, eleva os olhos ao céu, abençoa, parte e entrega — ação que reflete a união entre o divino e o humano na partilha.

Matthaeus 14,19 (Vulgata Clementina):
Et cum jussisset turbas discumbere super fenum, acceptis quinque panibus, et duobus piscibus, aspiciens in caelum, benedixit, et fregit, et dedit discipulis panes, discipuli autem turbis.
E, ordenando às multidões que se sentassem sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, abençoou, partiu os pães e os deu aos discípulos, e os discípulos às multidões.(Mt 14:19)

Este versículo condensa a dinâmica espiritual da entrega e da multiplicação: quando o que é nosso é elevado, abençoado e partilhado, ele se torna alimento que transcende limites materiais.

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terça-feira, 29 de julho de 2025

Evangelho: Lucas 12:13-21 - 03.08.2025

 

 


Evangelium secundum Lucam 12,13–21

Dominica XVIII per Annum – Anno C

13 Ait autem ei quidam de turba: Magister, dic fratri meo ut dividat mecum hereditatem.
Disse-lhe então um homem da multidão: Mestre, dize ao meu irmão que reparta comigo a herança.

14 At ille dixit illi: Homo, quis me constituit iudicem, aut divisorem super vos?
Mas Jesus respondeu-lhe: Homem, quem me constituiu juiz ou árbitro sobre vós?

15 Dixitque ad illos: Videte et cavete ab omni avaritia: quia non in abundantia cuiusquam vita eius est ex his quae possidet.
E disse-lhes: Estai atentos e guardai-vos de toda avareza, pois a vida de alguém não consiste na abundância dos bens que possui.

16 Dixit autem similitudinem ad illos, dicens: Hominis cuiusdam divitis uberes fructus ager attulit.
E propôs-lhes esta parábola: A terra de certo homem rico produziu com abundância.

17 Et cogitabat intra se dicens: Quid faciam, quia non habeo quo congregam fructus meos?
E ele pensava consigo: Que farei? Não tenho onde guardar minha colheita.

18 Et dixit: Hoc faciam: destruam horrea mea, et maiora faciam, et illuc congregabo omnia quae nata sunt mihi, et bona mea,
E disse: Farei isto: derrubarei os meus celeiros, construirei outros maiores e aí reunirei todo o meu trigo e os meus bens.

19 Et dicam animae meae: Anima, habes multa bona posita in annos plurimos: requiesce, comede, bibe, epulare.
E direi à minha alma: Alma, tens muitos bens armazenados para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te.

20 Dixit autem illi Deus: Stulte, hac nocte animam tuam repetunt a te: quae autem parasti, cuius erunt?
Mas Deus lhe disse: Insensato! Nesta noite, pedirão de ti a tua alma; e o que acumulaste, para quem será?

21 Sic est qui thesaurizat sibi, et non est in Deum dives.
Assim é aquele que acumula para si mesmo e não é rico para com Deus.

Reflexão:

O ser humano não é chamado à acumulação, mas à expansão do ser. Quando se identifica com seus bens, reduz sua existência ao transitório e limita a potência do espírito que nele pulsa. O Cristo revela que a verdadeira grandeza reside na capacidade de transcender o ego e integrar-se ao fluxo da vida partilhada. A liberdade não se realiza no domínio, mas na comunhão; não no acúmulo, mas no oferecimento generoso do que se é. Ao reconhecermos que a alma é maior que seus celeiros, nos abrimos à plenitude de um sentido que não se compra, mas se conquista com consciência desperta.


Versículo mais importante: 

O versículo mais importante de Evangelium secundum Lucam 12,13–21 é o versículo 15, pois ele expressa o ensinamento central da passagem: o verdadeiro valor da vida humana não está na acumulação de bens materiais, mas na liberdade interior e na relação com o divino.

15 Dixitque ad illos: Videte et cavete ab omni avaritia: quia non in abundantia cuiusquam vita eius est ex his quae possidet.
E disse-lhes: Estai atentos e guardai-vos de toda avareza, pois a vida de alguém não consiste na abundância dos bens que possui.(Lc 12:15)

Esse versículo revela a essência do ensinamento de Cristo: a vida não é medida pelo que se possui, mas pelo que se é.

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Evangelho: Mateus 14:1-12 - 02.08.2025

 


Decollatio Ioannis Baptistae

Evangelium secundum Matthaeum 14,1-12

1 In illo tempore, audiit Herodes tetrarcha famam Iesu,
Naquele tempo, Herodes, o tetrarca, ouviu falar da fama de Jesus,

2 et ait pueris suis: “Hic est Ioannes Baptista; ipse surrexit a mortuis, et ideo virtutes operantur in eo”.
e disse aos seus servos: “Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e por isso os poderes agem nele”.

3 Herodes enim tenuit Ioannem et alligavit eum et misit in carcerem propter Herodiadem uxorem fratris sui.
Pois Herodes havia prendido João, amarrando-o e colocando-o na prisão por causa de Herodíades, esposa de seu irmão.

4 Dicebat enim illi Ioannes: “Non licet tibi habere eam”.
Porque João lhe dizia: “Não te é lícito tê-la como mulher”.

5 Et volens illum occidere, timuit populum, quia sicut prophetam eum habebant.
E querendo matá-lo, temia o povo, pois o consideravam um profeta.

6 Die autem natalis Herodis saltavit filia Herodiadis in medio et placuit Herodi,
No dia do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos e agradou a Herodes,

7 unde cum iuramento pollicitus est ei dare, quodcumque postulasset ab eo.
de modo que, sob juramento, prometeu dar-lhe tudo o que pedisse.

8 At illa, praemonita a matre sua: “Da mihi, inquit, hic in disco caput Ioannis Baptistae”.
Mas ela, instruída por sua mãe, disse: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”.

9 Et contristatus est rex; propter iuramentum autem et eos, qui recumbebant simul, iussit dari.
E o rei entristeceu-se; mas, por causa do juramento e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que fosse dado.

10 Misitque et decollavit Ioannem in carcere;
Mandou então degolar João na prisão;

11 et allatum est caput eius in disco et datum est puellae, et attulit matri suae.
e sua cabeça foi trazida num prato e entregue à jovem, que a levou à sua mãe.

12 Et accedentes discipuli eius tulerunt corpus et sepelierunt illud et venerunt et nuntiaverunt Iesu.
Vieram os discípulos de João, levaram o corpo e o sepultaram; depois foram contar tudo a Jesus.

Reflexão:

A verdade, ao encarnar-se em palavra livre, incomoda os tronos construídos sobre o ego e o poder. João é degolado, mas sua voz permanece além da morte, porque nenhuma prisão pode conter o espírito que se entrega à luz. A existência humana, dotada de consciência, é chamada a crescer em direção ao Bem, em comunhão com o Outro, e jamais subordinada a tiranias. O Reino que Jesus anuncia começa no interior — no reconhecimento da dignidade do ser e na coragem de testemunhar a justiça, mesmo que custe a vida. A liberdade autêntica é caminho de ascensão, e não concessão de reis.


Versículo mais importante: 

O versículo mais emblemático de Evangelium secundum Matthaeum 14,1-12 — pela sua força dramática e profundidade simbólica — é o versículo 10, que marca o clímax do martírio do profeta João Batista. Ele revela como o poder político, submetido à vaidade e ao medo, sacrifica a verdade.

10 Misitque et decollavit Ioannem in carcere;
E mandou degolar João na prisão.(Mt 14:10)

Este versículo é o ponto culminante do conflito entre a verdade profética e o autoritarismo egoico. A prisão não é apenas física, mas também moral: Herodes está aprisionado por seus próprios juramentos e vaidades. João, embora morto, torna-se semente de liberdade — pois o sangue do justo não silencia, mas clama no espírito dos livres.

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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Evangelho: Mateus 13:54-58 - 01.08.2025

 


Evangelium secundum Matthaeum 13,54-58

Titulus liturgicus: Iesus contemnitur a suis

54 Et veniens in patriam suam, docebat eos in synagogis eorum, ita ut mirarentur et dicerent: Unde huic sapientia haec et virtutes?
E, vindo à sua pátria, ensinava-os nas sinagogas, de modo que se admiravam e diziam: De onde lhe vêm essa sabedoria e esses prodígios?

55 Nonne hic est fabri filius? Nonne mater eius dicitur Maria, et fratres eius Iacobus et Ioseph et Simon et Iudas?
Não é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas?

56 Et sorores eius nonne omnes apud nos sunt? Unde ergo huic omnia ista?
E suas irmãs, não vivem todas entre nós? De onde, pois, lhe vem tudo isso?

57 Et scandalizabantur in eo. Iesus autem dixit eis: Non est propheta sine honore nisi in patria sua et in domo sua.
E escandalizavam-se por causa dele. Jesus, porém, lhes disse: Um profeta só não é estimado em sua pátria e em sua casa.

58 Et non fecit ibi virtutes multas propter incredulitatem illorum.
E não realizou ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.

Reflexão:

O Espírito da Criação não se impõe com estrondo, mas revela-se no íntimo daqueles que ousam ver além da superfície. A liberdade do Cristo provoca, porque convida à superação de toda forma herdada de medo e controle. O que é familiar, muitas vezes cega — pois o novo, nascido no conhecido, é o mais difícil de reconhecer. A semente da transformação está em cada consciência que escolhe ver o divino no ordinário. Aqueles que recusam essa visão restringem sua própria capacidade de florescer. O Cristo não se impõe: manifesta-se onde a liberdade acolhe a presença da verdade. 


Versiculo mais importante:

O versículo mais importante de Evangelium secundum Matthaeum 13,54-58, considerando sua profundidade espiritual e mensagem central, é:

57 Et scandalizabantur in eo. Iesus autem dixit eis: Non est propheta sine honore nisi in patria sua et in domo sua.
E escandalizavam-se por causa dele. Jesus, porém, lhes disse: Um profeta só não é estimado em sua pátria e em sua casa.(Mt 13:57)

Este versículo revela a tensão entre a verdade revelada e a resistência humana à transformação. Ele exprime como a familiaridade muitas vezes impede o reconhecimento da grandeza, pois a liberdade espiritual exige abertura para aquilo que transcende o costume.

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Evangelho: Mateus 13:47-53 - 31.07.2025

 


Evangelium secundum Matthaeum 13,47-53

In illo tempore

47. Simile est regnum caelorum sagenae missae in mare, et ex omni genere piscium congreganti.
O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que apanha peixes de toda espécie.

48. Quam, cum impleta esset, educentes, et secus littus sedentes, elegerunt bonos in vasa, malos autem foras miserunt.
E, quando está cheia, os pescadores a puxam para a praia, sentam-se, e recolhem os bons em cestos, e lançam fora os maus.

49. Sic erit in consummatione saeculi: exibunt angeli, et separabunt malos de medio iustorum,
Assim será no fim do mundo: os anjos sairão para separar os maus do meio dos justos,

50. Et mittent eos in caminum ignis: ibi erit fletus, et stridor dentium.
E os lançarão na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes.

51. Intellexistis haec omnia? Dicunt ei: Etiam.
Compreendestes tudo isso? Eles responderam: Sim.

52. Ait illis: Ideo omnis scriba doctus in regno caelorum similis est homini patrifamilias, qui profert de thesauro suo nova et vetera.
Então lhes disse: Por isso, todo escriba instruído sobre o Reino dos Céus é como um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e antigas.

53. Et factum est: cum consummasset Iesus parabolas istas, transiit inde.
E aconteceu que, ao concluir estas parábolas, Jesus partiu dali.

Reflexão:

O Reino é como a rede que acolhe toda diversidade, convocando cada ser a manifestar sua verdade mais profunda. No tempo da escolha, não se trata de castigo, mas de revelação: o que é autêntico permanece; o que se fecha à luz se desfaz em sombras. A consciência desperta é chamada a discernir — recolher o que edifica, abandonar o que aprisiona. O verdadeiro escriba é aquele que une passado e futuro na liberdade do presente, e reconhece no tempo o campo sagrado da transformação. No Reino, cada escolha é semente de eternidade; e cada ser, um chamado à plenitude.


Versículo mais importante:

O versículo mais central e teologicamente profundo de Evangelium secundum Matthaeum 13,47-53 é o versículo 52, pois ele resume a missão espiritual daquele que compreende o Reino: unir sabedoria antiga e revelação viva, integrando tradição e liberdade interior.

52. Ait illis: Ideo omnis scriba doctus in regno caelorum similis est homini patrifamilias, qui profert de thesauro suo nova et vetera.
Então lhes disse: Por isso, todo escriba instruído sobre o Reino dos Céus é como um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e antigas.
(Mateus 13,52)

Este versículo revela a natureza dinâmica da sabedoria espiritual: o Reino não anula o passado, mas o integra. O verdadeiro discípulo é aquele que, livre e consciente, harmoniza a herança recebida com a luz do tempo presente, tornando-se responsável por gerar sentido, continuidade e renovação.

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Evangelho: Mateus 13:44-46 - 30.07.2025

 


Evangelium secundum Matthaeum 13,44-46

In illo tempore

44. Simile est regnum caelorum thesauro abscondito in agro: quem qui invenit homo, abscondit, et prae gaudio illius vadit, et vendit universa quae habet, et emit agrum illum.
O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; o homem que o encontra, esconde-o, e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.

45. Iterum simile est regnum caelorum homini negotiatori, quaerenti bonas margaritas.
O Reino dos Céus é também semelhante a um comerciante que procura boas pérolas.

46. Inventa autem una pretiosa margarita, abiit, et vendidit omnia quae habuit, et emit eam.
Ao encontrar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.

Reflexão:

O Reino é a centelha oculta na vastidão do mundo, despertando no ser humano o impulso interior por algo maior do que a posse: a plenitude. Aqueles que o encontram percebem que a verdadeira riqueza não está na acumulação, mas na integração. A liberdade mais alta não vem do exterior, mas da adesão espontânea àquilo que realiza o mais íntimo do ser. Nessa busca, a pessoa torna-se responsável por sua própria transformação e pela elevação da realidade ao redor. Vender tudo é libertar-se do supérfluo para abraçar o essencial. O Reino é escolha consciente, onde amor e sentido se tornam inseparáveis.


Versículo mais importaante:

O versículo mais central e revelador de Evangelium secundum Matthaeum 13,44-46 é o versículo 44, pois ele expressa, com força simbólica, a dinâmica da descoberta espiritual e da liberdade interior que leva à entrega total.

44. Simile est regnum caelorum thesauro abscondito in agro: quem qui invenit homo, abscondit, et prae gaudio illius vadit, et vendit universa quae habet, et emit agrum illum.
O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; o homem que o encontra, esconde-o, e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.(Mt 13:44)

Esse versículo revela que o encontro com o Sagrado desperta tamanha alegria que transforma radicalmente as escolhas do indivíduo. Ele não é forçado a vender tudo — ele o faz por liberdade e desejo, porque reconheceu o valor absoluto do que encontrou.

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domingo, 27 de julho de 2025

Evangelho: João 11:19-27 - 29.07.2025

 


In Festo Sanctae Marthae

Evangelium secundum Ioannem 11,19-27

19 et multi ex Iudaeis venerant ad Martham et Mariam ut consolarentur eas de fratre suo.
E muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria para as consolar por causa do irmão.

20 Martha ergo ut audivit quia Iesus venit occurrit illi Maria autem domi sedebat.
Marta, pois, quando ouviu que Jesus vinha, foi ao encontro d’Ele; Maria, porém, ficou sentada em casa.

21 dixit ergo Martha ad Iesum Domine si fuisses hic frater meus non fuisset mortuus.
Disse então Marta a Jesus: Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.

22 sed et nunc scio quia quaecumque poposceris a Deo dabit tibi Deus.
Mas mesmo agora sei que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá.

23 dicit illi Iesus resurget frater tuus.
Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.

24 dicit ei Martha scio quia resurget in resurrectione in novissimo die.
Respondeu-lhe Marta: Sei que ressuscitará na ressurreição, no último dia.

25 dixit ei Iesus ego sum resurrectio et vita qui credit in me etiam si mortuus fuerit vivet.
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.

26 et omnis qui vivit et credit in me non morietur in aeternum credis hoc.
E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês tu isto?

27 ait illi etiam Domine ego credidi quia tu es Christus Filius Dei qui in mundum venisti.
Disse-lhe ela: Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.

Reflexão:

A fé de Marta não é apenas consolo diante da morte, mas impulso de consciência que ultrapassa o tempo linear. A presença de Cristo inaugura uma nova dimensão da realidade, onde vida e morte se entrelaçam numa contínua emergência do Ser. A existência já não se define pelo fim biológico, mas pela integração à Fonte viva de onde tudo brota. A confiança de Marta representa a liberdade do espírito diante do determinismo, um salto para além do imediato, onde o amor se reconhece como força ordenadora do universo. Crer é, então, participar da construção da realidade última, onde cada pessoa, por sua adesão interior, colabora com o desvelar da Vida que tudo sustenta.


Versículo mais importante:

O versículo central e mais importante de João 11,19-27 é o versículo 25, pois nele Jesus revela sua identidade profunda e sua autoridade sobre a vida e a morte — é a chave teológica e espiritual de toda a passagem:

25 dixit ei Iesus: ego sum resurrectio et vita; qui credit in me, etiam si mortuus fuerit, vivet.
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá. (Jo 11:25)

Esse versículo é a expressão suprema da vitória da Vida sobre a morte e o centro da esperança cristã: não apenas uma promessa futura, mas uma realidade presente que transforma a existência.

Leia: LITURGIA DA PALAVRA

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Evangelho: Mateus 13:31-35 - 28.07.2025

 


Evangelium secundum Matthaeum 13,31-35

Dominica – Regnum caelorum sicut granum sinapis est

  1. Aliam parabolam proposuit illis dicens: Simile est regnum caelorum grano sinapis, quod accipiens homo seminavit in agro suo.
    Outra parábola lhes propôs, dizendo: O Reino dos Céus é como um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo.

  2. Quod minimum quidem est omnibus seminibus: cum autem creverit, maius est omnibus oleribus et fit arbor, ita ut volucres caeli veniant et habitent in ramis eius.
    Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, torna-se a maior das hortaliças e transforma-se em árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer ninhos em seus ramos.

  3. Aliam parabolam locutus est eis: Simile est regnum caelorum fermento, quem acceptum mulier abscondit in farinæ satis tribus, donec fermentaretur totum.
    Disse-lhes outra parábola: O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até que tudo estivesse levedado.

  4. Hæc omnia locutus est Iesus in parabolis ad turbas: et sine parabolis non loquebatur eis.
    Jesus disse todas essas coisas às multidões em parábolas, e nada lhes falava sem usar parábolas.

  5. Ut impleretur quod dictum erat per prophetam dicentem: Aperiam in parabolis os meum, eructabo abscondita a constitutione mundi.
    Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei coisas ocultas desde a fundação do mundo.

Reflexão:

O Reino é semente, não estrutura pronta; é fermento oculto, não forma visível. Cada ser humano traz em si esse princípio invisível, ativo e fecundo. Quando acolhido com liberdade interior, ele se expande em potência de transformação. O pequeno, o escondido, o silencioso — tudo é chamado à grandeza pela força que brota do centro. Como árvore que abriga ou pão que nutre, a presença do Reino é comunhão, não dominação. Cristo revela o segredo da realidade: crescer não é inflar-se, mas tornar-se abrigo e alimento. E cada consciência que se abre à luz torna-se cooperadora na construção de um mundo mais pleno.


Versículo mais importante:

O versículo mais central de Evangelium secundum Matthaeum 13,31-35, tanto no conteúdo metafísico quanto espiritual, é:

Mateus 13,33

Aliam parabolam locutus est eis: Simile est regnum caelorum fermento, quem acceptum mulier abscondit in farinæ satis tribus, donec fermentaretur totum.
Disse-lhes outra parábola: O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até que tudo estivesse levedado. (Mt 13:33)

Este versículo expressa com profundidade a natureza interior e transformadora do Reino. O fermento age de dentro, em silêncio, sem imposição, mas com eficácia incontornável. É símbolo da liberdade que se manifesta em comunhão com a matéria, da ação que respeita o tempo e a natureza de cada ser. A imagem revela um princípio de transformação que nasce no invisível, mas atinge toda a realidade — como a liberdade que, acolhida no íntimo, eleva a totalidade do ser e o orienta para sua plenitude.

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