terça-feira, 21 de agosto de 2018

Evangelho (Lc 5,1-11) - 06.09.2018



— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se a seu redor para ouvir a palavra de Deus. 2Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. 3Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões.

4Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. 5Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. 6Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. 7Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem.

8Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” 9É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 10Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”. 11Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Fonte https://liturgia.cancaonova.com/


Reflexão - Evangelho (Lc 5,1-11)
«Avança mais para o fundo»

Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez
(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje, continua a surpreender-nos comprovar como aqueles pescadores foram capazes de deixar os seus trabalhos, as suas famílias, e seguir Jesus («Deixaram tudo e seguiram Jesus»: Lc 5,11), precisamente quando Este se manifesta diante deles como um excepcional colaborador para o negócio que lhes dá o sustento. Se Jesus de Nazaré nos fizesse a proposta a nós, no nosso século XXI..., Teríamos a coragem daqueles homens? Seriamos capazes de perceber qual é verdadeiro lucro?

Nós os cristãos acreditamos que Cristo está eternamente presente; por isso, esse Cristo que está ressuscitado pede-nos, já não a Pedro, a João ou a Tiago, mas ao Francisco, ao José Manuel, a Paula, e a todos e cada um de nós que dizemos que Ele é o Senhor, repito, pede-nos desde o texto de Lucas que o acolhamos no barco da nossa vida, porque quer descansar junto de nós; pede-nos que O deixemos servir-se de nós, que lhe permitamos mostrar até onde orientar a nossa existência para ser fecundos no meio de uma sociedade cada vez mais distanciada e necessitada da Boa Nova. A proposta é atraente, só nos falta saber e querer despojar-nos dos nossos medos, dos nossos "o que dirão" e tomar rumo a águas mais profundas, que é o mesmo que dizer, a horizontes mais distantes do que aqueles que constrangem o nosso quotidiano medíocre de perturbações e desânimos. «Quem tropeça no caminho, por pouco que avance, sempre se aproxima da meta; quem corre fora dele, quanto mais corre mais se afasta da meta» (S. Tomás de Aquino).

«Duc in altum»; «Avança mais para o fundo» (Lc 5,4): Não nos queremos nas costas de um mundo que vive olhando para o seu umbigo! A nossa navegação pelos mares da vida nos conduzirá até atracar na terra prometida, a singrar nesse Céu esperado que é o regalo do Pai, mas indivisivelmente, também trabalho do homem —teu, meu— ao serviço dos outros no barco da Igreja. Cristo conhece bem os pesqueiros, de nós depende: ou no porto do nosso egoísmo, ou em direção aos Seus horizontes.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


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