segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Evangelho: João 6,60-69 - 26.08.2018



Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. 65E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

O “comer o pão e beber o sangue” de Jesus não desconcertou apenas os judeus, mas os próprios discípulos reconheceram que eram “palavras duras demais”. O Mestre não recua e se mantém firme no seu ensinamento, revelando o Pai. A conclusão do capítulo seis de João mostra a realidade de crise e dúvida da comunidade joanina no final do primeiro século da era cristã. Com suas palavras, Jesus decepcionou muitas pessoas e provocou uma decisão: continuar com ele ou abandoná-lo. Pergunta aos mais próximos (os Doze) se também querem abandoná-lo. Em nome da comunidade, Pedro renova a fé e a confiança no Messias e proclama: “Tu tens palavras de vida eterna”. Reconhece, portanto, que Jesus é mais que um simples humano, ele é o “Santo de Deus”. A resposta de Pedro é a resposta de todo discípulo e discípula que decide seguir o Mestre. A dúvida das primeiras comunidades joaninas – crer ou não crer em Jesus – talvez tenha sido a mesma crise que o cristianismo vive em nossos dias. Pois é justamente nos momentos de crise que se definem os verdadeiros seguidores de Jesus.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Fonte https://www.paulus.com.br/


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