sexta-feira, 25 de maio de 2018

Evangelho: Marcos 14,12-16.22-26 - 31.05.2018



Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 12No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” 13Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: “Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos? 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Aí fareis os preparativos para nós!” 16Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito e prepararam a Páscoa. 22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. 23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes, e todos beberam dele. 24Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira até o dia em que beberei o vinho novo no reino de Deus”. 25Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Sequência (facultativa – antes do evangelho)

Pode ser lida na forma breve, a partir da estrofe número 21. Confira também a versão cantada na página 126, número 18.

Terra, exulta de alegria, / louva teu pastor e guia / com teus hinos, tua voz!
2. Tanto possas, tanto ouses, / em louvá-lo não repouses: / sempre excede o teu louvor!
Hoje a Igreja te convida: / ao pão vivo que dá vida / vem com ela celebrar!
4. Este pão, que o mundo creia! / por Jesus, na santa ceia, / foi entregue aos que escolheu.
Nosso júbilo cantemos, / nosso amor manifestemos, / pois transborda o coração!
6. Quão solene a festa, o dia, / que da santa Eucaristia / nos recorda a instituição!
Novo Rei e nova mesa, / nova Páscoa e realeza, / foi-se a Páscoa dos judeus.
8. Era sombra o antigo povo, / o que é velho cede ao novo: / foge a noite, chega a luz.
O que o Cristo fez na ceia, / manda à Igreja que o rodeia / repeti-lo até voltar.
10. Seu preceito conhecemos: / pão e vinho consagremos / para nossa salvação.
Faz-se carne o pão de trigo, / faz-se sangue o vinho amigo: / deve-o crer todo cristão.
12. Se não vês nem compreendes, / gosto e vista tu transcendes, / elevado pela fé.
Pão e vinho, eis o que vemos; / mas ao Cristo é que nós temos / em tão ínfimos sinais.
14. Alimento verdadeiro, / permanece o Cristo inteiro / quer no vinho, quer no pão.
É por todos recebido, / não em parte ou dividido, / pois inteiro é que se da!
16. Um ou mil comungam dele, / tanto este quanto aquele: / multiplica-se o Senhor.
Dá-se ao bom como ao perverso, / mas o efeito é bem diverso: / vida e morte traz em si.
Pensa bem: igual comida, / se ao que é bom enche de vida, / traz a morte para o mau.
Eis a hóstia dividida… / Quem hesita, quem duvida? / Como é toda o autor da vida, / a partícula também.
20. Jesus não é atingido: / o sinal é que é partido; / mas não é diminuído, / nem se muda o que contém.
Eis o pão que os anjos comem, / transformado em pão do homem; / só os filhos o consomem: / não será lançado aos cães!
Em sinais prefigurado, / por Abraão foi imolado, / no cordeiro aos pais foi dado, / no deserto, foi maná.
Bom pastor, pão de verdade, / piedade, ó Jesus, piedade, / conservai-nos na unidade, / extingui nossa orfandade, / transportai-nos para o Pai!
Aos mortais dando comida, / dais também o pão da vida; / que a família assim nutrida / seja um dia reunida / aos convivas lá do céu!


REFLEXÃO

A Igreja celebra, na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. Festa que teve início na diocese de Liège (Bélgica) no século 13, e em 1264 o papa Urbano 4º a incluiu no Missal Romano, tornando-a obrigatória para todo o mundo. A solenidade traz à memória a procissão pelas ruas e avenidas. A procissão é uma forma de expressar publicamente a fé na presença de Jesus na hóstia consagrada e a nossa condição de povo peregrino rumo à casa do Pai. A última ceia de Jesus com seus  discípulos ocorre por ocasião da festa da Páscoa. Para os judeus, a Páscoa é a passagem da escravidão no Egito para a terra da vida e da liberdade. Para os cristãos, é a passagem da morte de Jesus para a ressurreição. A eucaristia é a memória permanente da morte e ressurreição de Jesus. Ele, ao abençoar e partir o pão, disse que é seu próprio corpo doado como alimento. O pão ofertado na missa é fruto da terra e  do trabalho humano. Nele está contido o esforço e a dedicação de quem cultiva a terra e de quem prepara o pão. É resultado da partilha de muitas mãos. Onde se partilha o pão, o amor e a solidariedade, o próprio Cristo se faz presente.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)


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