quarta-feira, 10 de abril de 2019

Evangelho: Lucas 23,1-49 – mais breve - 14.04.2019



Glória e louvor a vós, ó Cristo.

Jesus Cristo se tornou obediente, / obediente até a morte numa cruz; / pelo que o Senhor Deus o exaltou / e deu-lhe um nome muito acima de outro nome (Fl 2,8s). – R.

N (Narrador): Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2Começaram então a acusá-lo, dizendo:

G (Grupo ou assembleia): Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o rei.

N: 3Pilatos o interrogou:

L (Leitor): Tu és o rei dos judeus?

N: Jesus respondeu, declarando:

P (Presidente): Tu o dizes!

N: 4Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:

L: Não encontro neste homem nenhum crime.

N: 5Eles, porém, insistiam:

G: Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui.

N: 6Quando ouviu isso, Pilatos perguntou:

L: Este homem é galileu?

N: 7Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. 8Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu. 10Os sumos sacerdotes e os mestres da lei estavam presentes e o acusavam com insistência. 11Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos. 13Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo e lhes disse:

L: 14Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; 15nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. 16Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.

N: [17]18Toda a multidão começou a gritar:

G: Fora com ele! Solta-nos Barrabás!

N: 19Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio. 20Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. 21Mas eles gritavam:

G: Crucifica-o! Crucifica-o!

N: 22E Pilatos falou pela terceira vez:

L: Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.

N: 23Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. 25Soltou o homem que eles queriam – aquele que fora preso por revolta e homicídio – e entregou Jesus à vontade deles. 26Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. 28Jesus, porém, voltou-se e disse:

P: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! 29Porque dias virão em que se dirá: “Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram”. 30Então começarão a pedir às montanhas: “Caí sobre nós!” e às colinas: “Escondei-nos!” 31Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?

N: 32Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus. 33Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. 34Jesus dizia:

P: Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!

N: Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. 35O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:

G: A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo se, de fato, é o Cristo de Deus, o escolhido!

N: 36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre 37e diziam:

G: Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!

N: 38Acima dele havia um letreiro: “Este é o rei dos judeus”. 39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:

L: Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!

N: 40Mas o outro o repreendeu, dizendo:

L: Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal.

N: 42E acrescentou:

L: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reinado.

N: 43Jesus lhe respondeu:

P: Em verdade eu te digo, ainda hoje estarás comigo no paraíso.

N: 44Já era mais ou menos meio-dia, e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde, 45pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio, 46e Jesus deu um forte grito:

P: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.

N: Dizendo isso, expirou.

Todos se ajoelham e faz-se uma pausa.

N: 47O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo:

L: De fato! Este homem era justo!

N: 48E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. 49Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas. – Palavra da salvação.

Reflexão:

O domingo de Ramos abre a grande semana do povo cristão: a Semana Santa por excelência, quando reviveremos os últimos acontecimentos da vida de Jesus. Seguido pelos discípulos, Jesus caminha decidido rumo a Jerusalém, onde é aclamado: “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Ele é o rei montado num jumentinho, símbolo de paz e de humildade. Ele não tem uma corte nem está rodeado de um exército como símbolo de força. Sua entrada em Jerusalém não tem nada a ver com a pompa e o aparato dos reis, quando estes chegam triunfantes a uma cidade após uma vitória. O povo humilde e simples o acolhe com alegria e estende seus mantos pelo caminho. Alguns incomodados tentam silenciar a multidão, mas o Mestre os alerta: se ela se calar, as pedras (a natureza) gritarão, pois a própria natureza não suporta violação e saberá reconhecer a libertação que vem pelo rei humilde. O plano de Deus não pode ser obstruído, precisa ser revelado, mesmo que as pedras precisem ser convocadas para isso. Entremos confiantes na Semana Santa e busquemos acompanhar e vivenciar os momentos decisivos da vida de Jesus.

(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Fonte https://www.paulus.com.br/


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